Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado.” Salmo 32:3-5.
Estas palavras foram escritas
pelo rei Davi e refletem seu estado de espírito após haver adulterado com a
mulher de um seu comandante militar. Noutro salmo (51:3), Davi escreve que seu
pecado está sempre diante dele.
O pecado não confessado pesa
muito na alma de um cristão. Davi sentia-se esmagado pelo peso de sua
transgressão e o quadro descrito em seu salmo 32 retrata um estado depressivo.
Davi só ficou livre desse peso depois que decidiu confessar seu pecado à Deus
(Salmo 32:5). Sua confissão e arrependimento estão relatadas no salmo 51.
Manter um pecado guardado em
nossa alma é a mesma coisa que guardar uma doença. Faz um mal enorme, e põe em
risco nossa vida: esta, a vida biológica, aquela, nossa vida espiritual, e com
reflexo por toda a eternidade. O pecado é a doença da alma, mas tem cura.
Diz a Palavra de Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” 1 João 1.9.
Jesus é nosso Advogado junto ao Pai. A confissão é o medicamento indicado para
a cura da enfermidade catalogada como pecado.
Como em todo processo de
tratamento de uma enfermidade, o paciente faz sua parte. No caso do pecado,
cabe a nós primeiramente admitirmos essa enfermidade e, deixando o orgulho de
lado, reconhecermos que necessitamos ser curados.
O primeiro passo é o
arrependimento. O arrependimento não traz pesar a ninguém (2 Coríntios 7.10), e
é fruto da bondade de Deus (Romanos 2.4). Não confundir arrependimento com
remorso. Remorso é peso na consciência; é a tristeza segundo o mundo e que
produz morte (2 Coríntios 7.10-b).
O verdadeiro cristão sente
uma imensa tristeza em sua alma ao cometer um pecado. Se isso não acontece,
algo está errado. É hora de reavaliar seus conceitos sobre ser nova criatura em
Cristo. É hora de refletir se é convertido ou convencido.
O segundo passo é a firme
disposição de, em oração, derramarmos diante de Deus o pecado que nos pesa na
alma, confessando-o sem nada ocultar e, com humildade, com coração quebrantado,
pedirmos Seu perdão, pois, pelos méritos de Jesus Cristo e por Seu grande amor
por nós, Deus extirpará de nós todos os pecados, e não mais se lembrará deles
(Jeremias 31.34).
A consciência de que Deus nos
perdoou, garantia que nos é dada por sua Palavra (I João 1.9), traz paz ao
nosso coração, e alívio pela retirada do peso do pecado que estava sobre nós, e
nos faz exclamar, como o salmista: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é
perdoada, cujo pecado é coberto” Salmo 32.1.
Por Manoel Nerivaldo Lopes
PAZ
Nenhum comentário:
Postar um comentário