tropeça,
mas consequentemente não anda.
Passam-se os meses (rapidamente) e ela começa a querer andar. Nesse momento, que é um dos mais importantes na vida da criança, apesar de cair e tropeçar muitas vezes, os tombos são 'pequenos', pois elas tem muito medo e temor. A criança se segura em tudo, tem receio de sair andando e cair. Se apoia em móveis e vai de um canto a outro da parede se segurando, apoiando. Pode até cair, mas é um tombinho leve e até esperado.
O grande e maior problema está na fase seguinte da criança, quando ela já sabe andar! Talvez você pergunte: "Ué, mas isso não é melhor?" Lógico que é, mas é aqui que estão os maiores tombos e machucados.
A criança quando já sabe andar não tem medo. Às vezes ela quer subir uma escada, algum lugar alto para ela, ou mesmo fazer movimentos que antes ela fazia com receio e cuidado, com mais velocidade e menos cuidado, até desprezando uma ajuda do pai que forneceria um apoio num eventual deslize ou escorregão. Mas a criança vai. Acerta uma vez, duas, três, quatro vezes. Aí ela vai repetir o mesmo movimento e o corpo escorrega ou desequilibra e aquela brincadeira vira um tombo maior e mais forte. A criança chora.
Na vida espiritual e cristã isso acontece também. Quando estamos aprendendo, pois somos jovens convertidos, temos cuidado ao pronunciar a palavra do Senhor. Ficamos com receio e temor. Nessa fase ouvimos mais as pessoas. Somos mais recebedores de palavras, de ensinamentos, de comunhão com irmãos. Quando vamos fazer as coisas, consultamos o Pai ou pedimos a mão dEle nos segurando, pois não ainda não somos sustentados por nossas pernas. Elas ainda não tem a força de nos segurar.
O problema é quando já sabemos andar! Achamos que sabemos muito, que não precisamos mais da ajuda do Pai para nos apoiar, nos dar a mão. Achamos que não precisamos aprender mais, que já sabemos "tudo de Bíblia". Que não precisamos ouvir mais os irmãos falarem, nossos pastores, falamos besteiras. Não consultamos Ele para fazermos algo. Achamos que sabemos andar e somos auto-suficientes. "Não vou cair" dizemos. E Deus permite que façamos uma, duas, três vezes. Mas aí escorregamos e nesse momento vem o tombo.
Choramos. Reclamamos à Deus: "Por que o Senhor permitiu que eu caísse?", "Por que o Senhor não me segurou?" ou mesmo "O Senhor me fez uma promessa, por que permitiu isso na minha vida?". Que ledo engano. O que estamos falando?
Nesse momento Deus te fala: "Meu filho, você não pediu minha mão, você não quis que Eu te segurasse. Estendi a mão e você não quis, a rejeitou."
Todos nós, em algum momento e em algum grau passamos por isso em nossa caminhada. Agora, o que define como seremos como cristãos e filhos é quanto tempo demoraremos para aprender que devemos voltar nossa atenção à mão dEle, à ajuda dEle. Não adianta cairmos pois confiamos demais em nós mesmos e depois voltamos a fazer as mesmas coisas. Temos de tomar muito cuidado para não sermos assim e deixarmos esse sentimento tomar conta de nós. Deus quer nos ensinar. Não podemos ficar com o coração endurecido. Devemos voltar nossos olhos, ouvidos, mente, coração à Ele. Nossa vida à Ele. "O filho sábio atende à instrução do pai; mas o escarnecedor não ouve a repreensão." Provérbios 13:1
Para meditar:
"Os ouvidos que atendem à repreensão da vida farão a sua morada no meio dos sábios. O que rejeita a instrução menospreza a própria alma, mas o que escuta a repreensão adquire entendimento." Provérbios 15:31-32
"Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema ao Senhor e evite o mal." Provérbios 3:7
"Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem." Provérbios 3:11-12
Autor: Danilo Zanon fonte blog cruz vazia
PAZ
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