O que estamos fazendo com as promessas de Deus?

Muitas vezes, desistimos antes do tempo, porque as coisas de Deus são feitas no tempo de Deus e não no nosso... Muitas vezes,
perdemos a benção porque não perseveramos... A ansiedade é inimiga da benção... 
     Do dia 01/03/2014 à 04/03/2014 muitos membros da CCRC estiveram retirados para buscar a face de Deus, movidos pelo tema “operando eu, quem impedirá?” (Isaías 43:13). Tudo colaborou para possibilitar as bênçãos que foram derramadas por um grande mover do Espírito Santo; o clima ameno, a organização do evento, a boa refeição, a eficiência dos serviços prestados pela equipe do Centro de Eventos Roda D’água, o espírito de união e oração, a alegria e unção que o Senhor derramou sobre o preletor, missionário Moisés Andrade.
     Nestes dias de retiro Deus falou muito com seu povo através de profecias que foram derramadas do seu Trono através do Espírito Santo. Que maravilha que foi assim, pois nos animamos com profecias e promessas positivas que enchem o nosso coração de jubilo e esperança. Porém, é imprescindível que fiquemos atentos, pois dificilmente nos colocamos em profundo espírito de oração e quebrantamento para buscarmos o agir de Deus. Cremos sim, nelas, mas o que normalmente acontece e vivenciamos? Vemos a característica que está enraizada na cultura brasileira, do ufanismo e triunfalismo, deste espírito de já ganhamos. Na realidade, os brasileiros sempre acabam sendo governados  por um grupo de pessoas com planos claros de modificar o sistema de governo para algo bem autoritário em busca dos próprios interesses, para roubar a nossa liberdade.  
     No mundo espiritual também é assim, por negligência ou acomodação, nós cristãos normalmente acabamos sendo governados pelos interesses do diabo e desperdiçamos as promessas de Deus e o pior, apostatamos da fé murmurando contra Deus. Nós é que não fizemos a nossa parte, Deus é fiel, as suas promessas estão prontas para se cumprir na hora que Ele quiser. O Brasil, como nação, vem recebendo muitas profecias, levantando o ânimo do povo de Deus e renovando a esperança de que Ele deseja mudar as nossas circunstâncias e o nosso destino. Aliás, a nação de Israel também recebeu muitas promessas de vitórias, porém Deus sempre impôs ao povo de Israel condições: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” II Cro 7:14.
     Temos que entender que  as profecias  são condicionais. Diante das promessas, temos que tomar uma posição para que se cumpram. Se não fizermos a nossa parte e levarmos a sério, perdemos a benção, desanimamos e desistimos.
Uma das coisas que devemos fazer, é orar e nos quebrantarmos diante do Senhor, mostrando que valorizamos suas promessas, que queremos alcançá-las e que  estamos crendo. Para que Deus possa começar a gerar "o prometido" é necessário que  busquemos com amor a promessa  que Deus quer nos dar. Segundo a orientação que recebemos do profeta Arce, da Argentina, é necessário escrevê-la, lê-la, desenhá-la em nossos corações, orar e buscar com perseverança para vermos acontecer, A Palavra de Deus também nos orienta assim através do profeta Habacuque: “Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa.  O SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão, grava- a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo.  Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera- o, porque, certamente, virá, não tardará." Hb 2:1-4. É por isto que quando um profeta fala, temos que prestar bastante atenção. Temos de ouvir atentamente a Deus e pedir discernimento no Espírito para não agirmos na emoção, conforme a nossa vontade. É por isto que a Palavra de Deus diz que um fale e outros julguem: De acordo com apóstolo Paulo, na I carta aos Corintios 14: de 29 a 33: "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem.  Se, porém, vier revelação a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro.  Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados. Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas; porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Mas como ainda muitos de nós somos neófitos nesta caminhada,  temos que admitir e nos arrepender das nossas leviandades e triunfalismos. Ficamos alegres e nos ufanamos com as profecias, mas não fazemos da forma como Deus deseja. Nos comportamos como se o fato já estivesse acontecendo e não fazemos a nossa parte, que é  interceder, orar, clamar e gemer, pagando o preço, entrando em quebrantamento e tendo dores de parto por aquilo que Deus tem prometido. Isto tem que começar conosco. Diante da superabundância das promessas, se quisermos que se cumpram, temos que fazer a nossa parte, a nossa lição de casa para gerar em nós um verdadeiro arrependimento que é o início do transformar e do agir de Deus. Desta forma realmente se cumprirá o tema do retiro: “Eu sou Deus; também de hoje em diante, eu o sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá? (Is 43.13).
     Talvez tenhamos um período de tempo no deserto para chegarmos ao outro lado da benção. Isto significa  tempos de provações e dificuldades, mas Deus estará lá, para mediante nossa atitude de fé, abrir o mar na hora certa. Por isto, exorto, que como igreja, começamos a orar, a interceder e nos arrepender de nossos maus caminhos, para que tomemos consciência em que momento da história estamos vivendo, a mudança certamente virá para cada membro que estiver unido ao corpo que é a igreja, e ao cabeça, Jesus Cristo. Porém, se nós, igreja, estivermos unidos a outros deuses, o deus da reputação e dos “bons costumes”, que em nome da ordem e descência impedimos o agir do Espírito Santo, com o deus do comodismo e do conformismo sem corrermos o risco de sermos criticados ou humilhados, com o deus do egoísmo, do  império próprio e da vaidade humana, agindo com independência do Deus Vivo, as promessas continuarão a não se cumprir e muitos sucumbirão pelo desânimo e apostasia como já aconteceu outras vezes, ou, assim como para o povo de Israel, tardarão a se cumprir e até para muitos nem se cumprirão.
     Vejamos a visão, escrevamo-la, leiamos, andemos com ela e permitamos que Deus faça acontecer.
     É hora de arrependimento em todos os níveis...neófitos e anciãos, pastores, presbíteros, lideres de ministérios, porteiros, profetas, zeladores, mestres, diáconos, e até aqueles que trabalham nos bastidores.. Temos que abandonar a vaidade, reconhecer os nossos pecados e assim como no retiro continuarmos buscando a face do Senhor, independente das circunstâncias!! Depois de tudo o que ouvimos e vimos neste retiro, sei que Deus está sinalizando algo muito importante. 
     Temos que estar na expectativa do que poderá acontecer e como a igreja, ouvirmos a voz de Deus e obedecê-Lo.
     Queridos, exorto a todos a estarem em espírito de oração, de busca, de arrependimento e obediência, pois Deus pode nos revelar e derramar muito mais do que esperamos. Não durmamos, sejamos prudentes, estejamos com as butijas cheias de azeite. Deus está sinalizando que a chuva vem,  não estejamos fora do seu calendário. Eu quero fazer parte do calendário de eventos de Deus  e você?.
     Glória à Deus.

Com amor, Presbítero Clovis Heinz.

PAZ